quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

LUIS ADRIANO E AS MUDANÇAS NO BRASIL


Articulista de primeira hora e linha do BBA, o Diretor de Operações e Finanças do Grupo Redentor de Ensino, Luis Adriano, nos brinda com mais uma análise histórico-econômica.
Nino Bellieny





O MEU PAÍS MUDOU.
Luís Adriano Silva


E claro que o nosso Brasil mudou, aliás , vem mudando ao longo do século passado e deste. Nos anos 1950, deu um grande salto no desenvolvimento proporcionado pela política econômica agressiva do Presidente Juscelino Kubitschek.

Nos anos 1970,  éramos o País do Futuro, da moda, de altas taxas de desenvolvimento, e também, do altíssimo endividamento externo. Vieram os anos 1980, a década perdida, pelo menos na economia, pois, para compensar, surgiria em outras áreas uma geração que até hoje impacta fortemente a cultura, a tecnologia, e as outras atividades. A nossa geração! Éramos felizes, e sabíamos que o país tinha jeito. 

Os anos 1990 foram marcados pelo exercício da democracia no seu mais alto grau com direito, inclusive,  ao  primeiro impeachment de um presidente no Brasil e em toda a América Latina. Foi de  suma importância para nossas Instituições tal acontecimento, mas, igualmente, foram  importantes  algumas medidas deste mesmo presidente, como a abertura de mercado e  o combate à  reserva comercial. A partir disto,  aconteceria uma mudança mais consistente, principalmente em nossa imagem externa. O PSDB que governou por oito anos, conseguiu reunir uma equipe de economistas de primeira linha, responsável pela  implementação do famoso Plano Real e acabou de vez com a hiperinflação, o grande terror do brasileiros. 

Podemos citar também, (apesar de muitos criticarem aberta ou veladamente), a privatização como uma política econômica extremamente positiva. Um belo exemplo é a Vale, atuando  como Player mundial, gerando dividendos e empregos no Brasil. Considero os oito anos do Governo FHC, bons para a nação, pela relativa calmaria política.

Veio o Governo atual, via PT, e também implantou mudanças necessárias.

Não mexeu muito na economia, o que foi ótimo. Atacou mais no plano social, fazendo mudar abruptamente as condições de consumo de várias classes sociais, esquentando a economia, e surfando nos preços espetaculares das  Commodities em todo o mundo.

 

Lamento apenas, que  o Governo não tenha, nesse momento favorável da economia mundial, feito as famosas e necessárias reformas estruturais na nossa economia, para que hoje não dependêssemos apenas do consumo e do endividamentos das famílias, em busca de um crescimento ativo. Se quisermos expandir nosso PIB por mais de 3% ao ano, somente aumentando a taxa de investimento, baixíssima atualmente.

Concluindo, não foi o partido A, B, ou C, o responsável pela notável mudança interna e pela boa imagem externa do Brasil , finalmente visto como um País Sério, de grandes oportunidades. Cada um dos governos fez a sua parte, não mexendo muito nas instituições públicas, não mudando políticas econômicas acertadas, e consequentemente sedimentando o crescimento para os sucessores O resto é o velho oportunismo político de tentar capitalizar a autoria dos momentos bons de uma nação! 
E uma Nação, obviamente, é feita por todos nós.

Luís Adriano Silva