Articulista de primeira hora e linha do BBA, o Diretor de Operações e Finanças do Grupo Redentor de Ensino, Luis Adriano, nos brinda com mais uma análise histórico-econômica.
Nino Bellieny
O MEU PAÍS MUDOU.
Luís Adriano Silva
E claro que o nosso Brasil mudou, aliás , vem mudando ao longo do século passado e deste. Nos anos 1950, deu um grande salto no desenvolvimento proporcionado pela política econômica agressiva do Presidente Juscelino Kubitschek.
Nos anos 1970, éramos o País do Futuro, da moda, de altas
taxas de desenvolvimento, e também, do altíssimo endividamento externo. Vieram os
anos 1980, a década perdida, pelo menos na economia, pois, para compensar, surgiria em outras áreas uma geração que até hoje impacta fortemente a cultura, a tecnologia,
e as outras atividades. A nossa geração! Éramos felizes, e sabíamos que o país
tinha jeito.
Os anos 1990 foram marcados pelo exercício da democracia no seu
mais alto grau com direito, inclusive, ao primeiro impeachment de um presidente no Brasil e em toda a América Latina. Foi de suma importância para nossas Instituições tal
acontecimento, mas, igualmente, foram importantes
algumas medidas deste mesmo presidente, como a abertura de mercado e o combate à reserva comercial. A partir disto, aconteceria uma mudança mais consistente, principalmente em nossa imagem externa. O PSDB que governou por oito anos,
conseguiu reunir uma equipe de economistas de primeira linha, responsável
pela implementação do famoso Plano Real
e acabou de vez com a hiperinflação, o grande terror do brasileiros.
Podemos
citar também, (apesar de muitos criticarem aberta ou veladamente), a
privatização como uma política econômica extremamente positiva. Um belo exemplo é a Vale, atuando como
Player mundial, gerando dividendos e empregos no Brasil. Considero os oito anos
do Governo FHC, bons para a nação, pela relativa calmaria política.
Veio o Governo atual, via PT, e também implantou mudanças necessárias.
Não mexeu muito na economia, o que foi ótimo. Atacou mais no plano social, fazendo mudar abruptamente as condições de
consumo de várias classes sociais, esquentando a economia, e surfando nos
preços espetaculares das Commodities em todo o mundo.
Lamento apenas, que o Governo não tenha, nesse momento favorável
da economia mundial, feito as famosas e necessárias reformas estruturais na
nossa economia, para que hoje não dependêssemos apenas do consumo e do
endividamentos das famílias, em busca de um crescimento ativo. Se quisermos expandir
nosso PIB por mais de 3% ao ano, somente aumentando a taxa de investimento,
baixíssima atualmente.
Concluindo,
não foi o partido A, B, ou C, o responsável pela notável mudança interna e pela boa imagem externa do Brasil , finalmente visto como um País Sério, de grandes oportunidades. Cada um dos governos fez a sua parte, não mexendo muito nas
instituições públicas, não mudando políticas econômicas acertadas, e consequentemente
sedimentando o crescimento para os sucessores O resto é o velho oportunismo
político de tentar capitalizar a autoria dos momentos bons de uma nação!
E
uma Nação, obviamente, é feita por todos nós.
Luís
Adriano Silva